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24 de set. de 2013

FIAT REPENSANDO ALIANÇA COM A CHRYSLER EM MEIO À OFERTA PÚBLICA DE AÇÕES

24/09/2013 – O Grupo Chrysler foi forçado a dar entrada no processo de oferta pública inicial de ações pelo seu segundo maior acionista, o fundo de assistência médica a aposentados do Sindicato da Indústria Automobilística dos EUA (UAW), levando a Fiat a dizer que poderia reduzir seu compromisso com a fabricante americana. A Fiat, dona de 58,5% da Chrylser, persegue o controle total e quer comprar o restante das ações de propriedade do fundo do UAW, mas travou diante dos mais de US$ 5 bilhões pedidos. Em resposta, o fundo do UAW exerceu um direito sacramentado na ajuda do governo na falência de 2009 para ir adiante com a oferta, colocando pressão em Sergio Marchionne, executivo-chefe das duas fabricantes, para chegarem a um acordo. Banqueiros e analistas vêm a oferta pelo UAW como manobra para conseguir melhor oferta da Fiat e muitos acreditam que a oferta nunca se concretize. A Fiat respondeu irritada à oferta ontem, o que levanta perguntas críticas sobre quando e se Marchionne poderá fundir as duas companhias para formar o sétimo maior grupo de fabricantes de automóveis. A aliança Fiat-Chrysler foi uma dos elementos centrais da reestruturação da indústria americana pelo governo Obama em 2009. “A Fiat nos informou estar reconsiderando os benefícios e custos de expandir seu relacionamento conosco”, disse a Chrysler ao dar entrada na Securities and Exchange Commission dos EUA. A Chrysler acrescentou que a Fiat está também reconsiderando os termos pelos quais a fabricante italiana continuará a compartilhar tecnologia, plataformas de veículos, conhecimentos de engenharia e outros recursos com a Chrysler. “ Fiat está dizendo que a Chrysler vale menos se não chegarmos a uma integração completa”, afirmou Richard Hilgert, analista da firma de pesquisa de investimento Morningstar. “É um tiro no vaso do UAW”.