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11 de out. de 2013

EUA: NADA DECIDIDO SOBRE REDUÇÃO DE ÁLCOOL NA GASOLINA, INDÚSTRIA DO BIOCOMBUSTÍVEL RECLAMA

11/10/13 – A EPA, agência de proteção ambiental dos EUA, procurou nesta sexta-feira acalmar os ânimos a respeito de sua aparente proposta de reduzir o porcentual de álcool na gasolina no ano que vem, dizendo nada ter sido decidido ainda sobre a discutível mudança. Ontem, a Reuters e outras agências de notícias falaram de documentos da EPA que mostravam a agência propondo uma inesperada queda no volume de álcool de milho que seria requerido no ano que vem, um histórico retrocesso da lei do biocombustível de 2007 e uma vitória importante da indústria do petróleo. “Nesse momento, a EPA está apenas rascunhando uma proposta”, disse uma das responsáveis pela EPA, Gina McCarthy numa declaração como primeira resposta às reportagens. Ela disse que o governo Obama permanecia “totalmente comprometido” com o desenvolvimento de biocombustíveis como parte do plano de diminuir a dependência dos EUA do petróleo importado. Surgindo após meses de uma batalha intensa de lobbying e de política entre refinarias de petróleo e grupos do álcool, as reportagens foram recebidas com imediato ceticismo por muitos da indústria de biocombustíveis, alguns chegado até a duvidar da autenticidade dos documentos. A Growth Energy, importante grupo do álcool, recorrereu às agências do governo para investigar vazamento do que foi chamado de “rascunhos de documentos não checados” que ainda se encontravam em revisão, um processo interrompido pelo recente fechamento do governo. A declaração da EPA não mencionou especificamente os rascunhos, mas admitiu alguns desafios no aumento do uso do biocombustível. Sob a citada proposta, a EPA aparenta apoiar o argumento da indústria do petróleo de que no momento não é viável colocar mais que 10% de álcool na gasolina devido a preocupações com danos ao motor e ações de indenização. (Automotive News)