6/10/13 –
As fabricantes sempre informam aos compradores que o consumo dos carros variará
no mundo real. Os números obtidos no laboratório também, diz o chefe de normas
da EPA, a agência de proteção ambiental dos EUA — ele também lembra o fato às
fabricantes essa diferença. A diferença média entre os números de km/l
submetidos pela indústria e aqueles dos testes da EPA tornou-se “inaceitavelmente
alta” nos últimos anos, disse numa entrevista semana passada Christopher
Grundler, diretor do Departamento de Transportes e Qualidade do Ar da agência. A
diferença praticamente dobrou de 1,15% nos anos-modelos 2007 e 2008 para 2,25%
para os de 2010, disse a EPA a um grupo de engenheiros automobilísticos
reunidos em maio último. Num caso extremo, a diferença chegou a 14% —
suficiente para melhorar o consumo de um carro de 12,8 para 14,4 km/l. Uma razão
para a diferença é que humanos, e não robôs, dirigem os carros nos ciclos de
teste de consumo de cidade e estrada. Motoristas exímios conseguem abrandar os
testes, acelerando e freando corretamente de maneira a poupar combustível. “A
indústria conta com excelentes motoristas, já notamos”, diz Grundler. Não é
burlar — é apenas tirar máximo partido das normas. (Automotive News)